De acordo com a ABRELPE (2020), o Brasil gerou cerca de 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos – RSU (lixo doméstico, que inclui resíduos orgânicos, recicláveis, etc.) no último ano. Mas, você sabe para onde vai o lixo produzido na sua casa? A verdade é que ele pode ir para um Lixão, Aterro Controlado ou Aterro Sanitário. Entenda a diferença das três opções de destinação de resíduos e qual é o mais indicado para a saúde socioambiental.
Diferença de um lixão, aterro controlado e aterro sanitário
LIXÃO
Os lixões são locais a céu aberto, geralmente longe do perímetro urbano, no qual os resíduos são descartados sem cuidados com o meio ambiente ou critérios sanitários. Sendo assim, a contaminação do ar, solo e água é uma consequência desta prática, afetando o meio ambiente e a saúde populacional pela proliferação de vetores e doenças (dengue, cólera, malária, tétano, giardíase, febre amarela, etc.).
ATERRO CONTROLADO
Nesse caso, os resíduos são dispostos também a céu aberto, com recebimento de uma camada de solo em determinado período de tempo, sem a devida impermeabilização, nem tratamento adequado dos resíduos. Ou seja, o aterro controlado pode ser caracterizado como um lixão com cobertura de solo, pois a contaminação ainda ocorre.
ATERRO SANITÁRIO
O aterro sanitário é um local preparado para conter a contaminação do solo, ar e água, pois possui impermeabilização, protegendo o solo, captação de gases (metano) contaminantes atmosféricos, bem como sistema de drenagem de chorume (líquido tóxico proveniente do material orgânico presente no lixo) e poços de monitoramento da qualidade da água.
É importante ressaltar que o recebimento dos RSU em Aterros Sanitários deveriam ser apenas de resíduos caracterizados como rejeitos (que não há possibilidade de aproveitamento), sendo os materiais reciclados destinados para as cooperativas reciclagem, os resíduos eletrônicos retornados para o sistema ou encaminhados para empresas especializadas neste tipo de coleta e os resíduos orgânicos para a compostagem, mas isso é um conteúdo para outra matéria!
Este artigo foi escrito pelas engenheiras ambientais Bruna Saara e Ana Cé para a Redação Portal O Vento: seu novo canal de informação.